A vida é realmente uma aventura: não há como deixar de compará-la a uma montanha-russa, que compreende altos e baixos durante a caminhada
Já parou para pensar como a nossa vida é misteriosa? Há momentos inexplicáveis de alegria, quando, por exemplo, estamos na presença de pessoas amadas: família e amigos. Nesses encontros festivos, parece que o tempo não quer passar. É como se experimentássemos um instantezinho do céu em nossa vida terrena tão fugaz.
Quando estamos com aqueles que amamos, gostaríamos de prender o tempo numa jaula de aço para que ele não nos perturbasse! Por outro lado, existem momentos de extrema dureza na nossa caminhada terrena, em que a tristeza profunda toma conta de nosso coração! O desejo é de enterrar a cabeça no mais profundo buraco e desaparecer da presença de todos, até daqueles a quem mais amamos! Mas é como dizia o filósofo Blaise Pascal: “O coração tem razões que a própria razão desconhece!”.
A vida é realmente uma aventura. Não há como deixar de compará-la a uma montanha-russa, que compreende altos e baixos durante a caminhada sobre os seus trilhos. A mesmice de muitos dias monótonos, lá embaixo, e a adrenalina dos momentos de grandes realizações, lá no alto.
De certa forma, o filósofo grego Heráclito tinha razão ao afirmar que “um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio!”. Isso se chama dialética, ou seja, somos seres em constante transformação. Quando formos tomar banho naquele rio, ele já terá se transformado, serão outras águas, e nós seremos outras pessoas! Somos seres em constante movimento: de ideias, de atitudes e de espaço físico.
No entanto, mesmo sendo seres incompletos, de insistente busca de aperfeiçoamento, podemos realizar feitos grandiosos neste caminho prófugo de nossa existência. Usando uma metáfora muito conhecida: somos passageiros de um mesmo barco. Passageiros frágeis, medrosos, conspiradores e sonhadores.
Então, por que não nos ajudar mutuamente para chegarmos com segurança ao Porto Seguro, que é Jesus? Quando tentamos fazer mal às pessoas que estão ao nosso redor, não fazemos nada mais do que abrir um buraco no casco de nosso barquinho. Se o irmão afunda, também teremos o mesmo fim!
O convite é este, queridos leitores e queridas leitoras: tentemos dar mais sentido a essa nossa vida repleta de vazio, de dor e de desânimo. Façamos isso nas pequenas atitudes de nosso dia a dia. Não é um conselho de autoajuda, mas é um sonho a ser partilhado.
Sejamos carinhosos com aqueles que se encontram conosco, para que a amargura de sua vida ganhe uma colherada de doçura.
Prestemos atenção nas pessoas que estão ao nosso redor e fazem parte de nossa vida, pois, em breve, elas passarão! Sejamos mais carinhosos com aqueles que se encontram conosco, para que a amargura de sua vida ganhe uma colherada de doçura. Valorizemos e elogiemos os que caminham conosco, afinal, não ganhamos nada ao humilhá-las.
Não firamos os amigos nem os inimigos, pois as cicatrizes serão uma recordação eterna de nossa grosseria! Olhemos nos olhos uns dos outros, buscando sinceridade e confiança; só assim conseguiremos amenizar o estrago que a inveja, o ódio e as fofocas fazem em nossos relacionamentos!
Este não é um artigo comum, em que o autor fala de forma impessoal! Não, aqui o autor fala diretamente ao coração de quem lê este texto. Se ao menos uma pessoa (que seja o próprio autor) conseguir ressignificar a sua vida a partir desses convites, o mundo da leitura terá valido a pena!
Portanto, mãos à obra: abrace alguém que você ama! Gaste tempo com os seus amigos! Olhe nos olhos e diga palavras de agradecimentos aos seus familiares! Corra que dá tempo, pois, se demorar, pode ser que o tempo nos deixe na mão! Não custa nada sonhar com um mundo mais gentil e maduro nos relacionamentos! Que Deus nos ajude nessa empreitada! Fonte: https://www.a12.com/redacaoa12/igreja/fazer-a-vida-valer-a-pena
Autor: Pe. José Luís Queimado
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