Quinta-feira Santa: memória da doação, serviço e esperança renovada

A Quinta-feira Santa mergulha os fiéis na profundidade dos últimos momentos de Jesus com seus discípulos antes de sua Paixão. Quatro eventos marcantes se entrelaçam neste dia sagrado: a traição de Judas, a instituição da Eucaristia durante a Santa Ceia, o gesto humilde do Lava-pés e a unção dos enfermos, que embora sua solenidade principal seja em outro momento, sua instituição remonta a este contexto de cuidado e serviço. Cada um desses momentos revela aspectos essenciais do amor de Cristo e da esperança que Ele oferece à humanidade.

A traição de Judas, um ato de profunda ingratidão, nos lembra da fragilidade humana e da constante luta entre o bem e o mal em nossos corações. Mesmo diante dessa dolorosa realidade, Jesus não se retrai em seu amor. Pelo contrário, na Última Ceia, Ele institui o sacramento da Eucaristia, o memorial perene de sua entrega. Ao partilhar o pão e o vinho, transformados em seu Corpo e Sangue, Jesus se doa inteiramente a nós, alimentando nossa fé e fortalecendo nossa esperança na vida eterna. Este gesto de amor incondicional é um farol de esperança em meio às traições e desilusões da vida.

O rito do Lava-pés, onde Jesus, o Mestre, se curva para lavar os pés de seus discípulos, é uma lição de humildade e serviço. Ele nos ensina que a verdadeira grandeza reside em amar e servir ao próximo, especialmente aos mais necessitados. Este gesto, repetido pela Igreja, renova em nós a esperança de um mundo mais fraterno e solidário, onde o amor ao próximo é a marca distintiva dos seguidores de Cristo.

Embora a celebração solene da Unção dos Enfermos ocorra em outros momentos, a atmosfera da Quinta-feira Santa nos remete ao cuidado de Jesus com os doentes e sofredores. Sua presença curadora e consoladora é um sinal de esperança para aqueles que enfrentam a dor e a enfermidade. A unção com o óleo santo é um Sacramento de conforto e fortalecimento, renovando a esperança na cura e na paz interior.

Neste Ano Jubilar da Esperança, somos convidados a intensificar nossa atenção e cuidado com os enfermos, levando a eles a esperança que emana do Cristo sofredor e ressuscitado.